GACD

BEM-VINDOS ao Grupo de Amigos de Canelas do Douro (GACD), grupo este que tem como finalidade a união, a amizade e interacção entre todos os canelenses e durienses!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Dia 28 e 29

Antes de mais saudações a todos os quantos têm visitado este “Blog"!!!!!!!
Mais um fim-de-semana passou e nada de especial a registar na nossa aldeia, de realçar apenas o facto de o SLB ter perdido o que fez baixar a moral de mais ou menos 80% dos habitantes da nossa freguesia, face ao sucedido e como forma de protesto houve mesmo quem estivesse disposto a acabar com o stock de cerveja existente pelos cafés (a abarrotarem de gente), enquanto isso os adversários fechavam-se numa adega a comemorar a vitoria contribuindo assim para o escoamento do excesso de vinho armazenado, é claro que no domingo muitas dos nossos habitantes pareciam.........................bem acho que não se pareciam com nada pois com aquelas caras, um termo de comparação é mesmo muito difícil de ser encontrado. Coincidencia das coincidencias a cerveja e o vinho não foram consumidos nessa mesma noite, e já no domingo toda a cerveja e vinho sobrante tranformaram-se em "aguas com gás"!
Mas assuntos desportivos à parte, aproveitou-se sim para tentar combinar a organização de um “Magusto”, comemorando assim o dia de Sº Martinho (11 de Novembro), mas mais importante que o "Magusto" a prova do novo vinho que tanto trabalho dá a ser cultivado e produzido, e tanta dor de cabeça depois de bebido!!!!
Para finalizar mais uma vez vos peço para divulgarem ao máximo este nosso Blog por todos os canelenses, e também por todos os curiosos que estejam dispostos a conhecer um pouco da nossa terra, desde a imensa história até a estas pequenas história de fim-se-semana!!!
O já conhecido cumprimento de despedida…. 1 Abraço para eles e 1 Beijo para elas!
Portem-se…………….Mal………………. ou……………………. Bem………………

quarta-feira, outubro 25, 2006

Ilustre médico e escritor nascido na nossa aldeia


João de Araújo Correia nasceu em Canelas Do Douro, na Casa da Fonte, na madrugada de 1 de Janeiro de 1899.
Muito cedo desce à Régua para frequentar a escola e alargar os seus estudos para além dos primários. O estabelecimento escolar situava-se na Rua de Medreiros, onde viveu em criança e veio, mais tarde, a fixar residência e a abrir consultório médico, que manteve para toda a vida.
Depois da instrução primária feita na Régua, conclui a 5.ª classe e exames singulares de inglês e francês em Vila Real (1912). Seguidamente, na Escola Académica do Porto, completa, em três anos, o Curso dos Liceus. João de Araújo Correia, com 16 anos de idade, entra para a Escola Médica do Porto, mas, por falta de saúde, vê-se forçado a interromper os estudos ao fim de 3 anos de proveitosa frequência. Leva 6 anos a restabelecer-se, em Canelas do Douro. Durante todo esse tempo, muito se cultivou, lendo, reflectindo, observando o povo e a natureza. Regressado à Faculdade, conclui a licenciatura em Outubro de 1927. Em Março de 1928, abre consultório na Régua, onde passa a exercer clínica geral até poucos meses antes do falecimento, ocorrido no último dia do ano de 1985. Foi médico de pobres e ricos, na Régua e por terras e Quintas desgarradas das redondezas.
O seu primeiro estudo publicado — Linguagem Médica Popular Usada no Alto Douro — (1938) revela bem quanto, desde cedo, se encontraram o médico, o escritor, e o estudioso da língua portuguesa. E, desde então, jamais se viram separados. O médico, sempre tão íntimo do próximo, levava ao escritor as mais diversas figuras do teatro da vida real, recortadas num cenário de drama e de comédia.
De esmerada educação e agradável convívio, João de Araújo Correia, no entanto, não perdia nunca um certo ar distante. Talvez esse aspecto da sua atitude pessoal o tenha ajudado a seleccionar amigos e relações.
Com o sacrifício da sua magra e generosa bolsa de clínico geral, protegeu os pais e as irmãs até ao fim das suas vidas e deu um curso a cada um dos 5 filhos, segundo as suas vocações pessoais.
É, aliás, no respeito pela sua condição de clínico geral em terra de gente pobre, que João de Araújo Correia escreve o Depoimento de João Semana sobre a vida clínica de aldeia – uma conferência que fez no Clube Fenianos Portuenses, na noite de 21 de Outubro de 1944.
É talvez desta simbiose, entre o médico, o escritor e o homem, que nasce o contista transversal e universal, passível de ser lido por todos, porventura de todas as idades, porque pela sua literatura passam de facto todos os personagens da tal comédia humana.


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